Ontem 500 artistas foram despejades do Centro Comercial STOP.
104 lojas com salas de ensaio e espaços culturais foram encerradas pela Polícia numa operação algo estanha, talvez ilegal, a mando da Câmara Municipal do Porto. Os artistas reclamam e protestam contra uma atitude autoritária da câmara que os tem vindo a ignorar há anos.
Um problema que se arrasta há décadas sem soluções à vista. O Centro agora é alvo de especulação financeira, e infelizmente, alguns dos artistas envolvidos, como Manel Cruz, são acusados de procurar benefícios para si, ao desenharem projectos descabidos, em deterimento da comunidade. As pessoas que agora dizem representar o STOP são as mesmas que gentrificaram o mercado do Bolhão, incluíndo a equipa do advogado Salazar.
Ouvimos os artistas e as pessoas nas ruas durante a manifestação espontânea que surgiu ao longo da tarde.
Não devia ser necessário desmentir Rui Moreira, já sabemos que mente.
O STOP está localizado num quarteirão contínuo à chamada Quinta do Ferro.
No fim do ano passado, decorreu um concurso de “ideias” para o chamado “Quarteirão da Quinta do Ferro”. Este concurso foi promovido pela IME, como noticiou hoje o Porto Canal. Rui Moreira diz que não. Mas é claro que este concurso já tem vencedor: Rafael Montes e Miguel Acosta.
Desenharam um lindo projecto, com palmeiras e muita madeira. O relatório final está disponível. “Em termos programáticos pretende-se a concepção de um hotel, de apartamentos turísticos e de habitação acessível, nos termos do estabelecido no Programa Preliminar do concurso.”