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STOP via do Avepark: manifestação em Guimarães contra a auto-estrada

O Movimento cívico STOP Via do Avepark, aproxima-se do espaço da cerimónia para o Dia Internacional dos Rios, no evento Vitrus Talks, para protestar contra a planeada via Avepark, uma estrada com 7 kilómetros e um custo de 40 Milhões de euros.

Este projecto está a ser proposto para ligar a zona do Ave Park, casa de multinacionais e startups como a Farfetch a outras vias de distribuição de mercadorias bem como a criação de uma via rápida para chegar à A11. A câmara de Guimarães é dominada pelo Partido Socialista há mais de 30 anos, e tem vindo a promover este projecto junto do governo central.

O movimento STOP VIA AVEPARK irá “iniciar a recolha de assinaturas para a realização de uma assembleia Municipal extraordinária no Município de Guimarães com a seguinte ordem de trabalhos: (*)

a) Discussão do projecto da designada Via de acesso ao AvePark;
b) Proposta de revogação da deliberação de interesse público da Via de acesso ao AvePark.

Vamos pela primeira vez fazer história e reunir as assinaturas necessárias para uma Assembleia Municipal pedida pela população. A tua voz também conta! PELAS FREGUESIAS, PELAS PESSOAS, PELA NATUREZA”, diz o movimento nas suas redes.

O projecto é fortemente contestado pelas populações locais, porque apesar de tudo, o Avepark é casa de apenas meia dúzia de empresas, ou seja, a estrada não serve para nada. O ave park tem 10 anos e não tem futuro, “morreu ao nascer” como diz o morador.

Estavam presentes no evento Hugo Pires, secretário de estado do ambiente, Domingos Bragança, presidente da câmara de Guimarães e José Pimenta Machado, vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente.

Entrevista a morador
por
XR Guimaraes

Em entrevista, os moradores falam do impacte social da Via do AvePark em Guimarães. Estão em luta contra o projecto ineficaz da câmara, que vai “cortar” as freguesias, destruir produções alimentares, bem como a biodiversidade no local. O morador receia “ter de emigrar” e de mudar de vida, visto que irá perder o seu sustento. Várias ruas deixarão de existir.

Entrevista com Natália Ribeiro
por
XR Guimaraes

Natália Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Prazins, Guimarães, fala sobre o projeto da Via do AvePark e seus impactes. A presidente da Junta diz que o impacto ambiental “vai ser imenso” e exige que a câmara evite esta destruição. Não concorda com o percurso proposto, e aliás, a mesma pessoa que inicialmente tinha apresentado o estudo deste projecto, já fez um novo estudo a propor o alargamento da estrada nacional 101, que liga Guimarães a Braga e têm grandes problemas por resolver a nível do seu traçado, pelo volume de tráfego automóvel, e que talvez até pudessem ser resolvidos com uma requalificação.

A manifestação da STOP Via AVEPARK
Entrevista Jose Cunha AVE
por
XR Guimaraes

José Cunha, ativista da Associação Vimaranense para a Ecologia relata as ações feitas relativamente ao projeto da Via do AvePark em Guimarães, Portugal. O ativista diz que a AVE tem vindo a refutar a ideia de que o projecto seria elegível para o plano do PRR ao qual este projecto foi candidatado. A câmara, e a APA estão a forçar o avanço do projecto, que não foi sujeito a estudo de impacto ambiental, algo que será contestado judicialmente pela Associação. A APA e a câmara terão feito algum acordo silencioso que a população não entendeu, para que o projecto não fosse avaliado. Para a AVE o projecto só poderá ser travado ou pela falta de dinheiro (ainda faltam mais de 20 milhões) ou por uma questão técnica legal vinda da APA ou de algum processo judicial que chegue à conclusão que o projecto não é adequado.

O traçado da via “danificará para sempre as nossas freguesias” escreve o movimento STOP VIA AVEPARK:

“Um trajeto invasor que irá impermeabilizar o terreno, a circulação da água, o equilíbrio do solo, a continuidade dos habitats, da biodiversidade e que promoverá a poluição.

Os espaços verdes destas freguesias são indispensáveis para a qualidade de vida e para o equilíbrio psicofisiológico das populações, principalmente dos mais idosos, estes ambientes desempenham um importante papel social.

Esta via destruirá, ainda, imóveis e campos agrícolas, sustento de várias pessoas e a atividade de muitos idosos que por cá habitam, sendo esta uma prática que adotam para se manterem ativos.”

STOP VIA AVEPARK
O traçado proposto para a via de 7 km

 

 

 

XR Guimarães e Rede de Contra Informação do Norte para a INDYMEDIA.PT

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